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terça-feira, 7 de março de 2017

Um Retrato Desta Geração



 Entretenimento e mais entretenimento! Tudo se trata de entretenimento. Seja nas escolas, nas faculdades, na vida pessoal, ou até mesmo nas igrejas! Tudo o que querem é entretenimento! Não que este seja algo ruim, mas ele sozinho não tem substância o suficiente para alimentar toda uma geração. Produz aquela velha conhecida alegria passageira. 

  A escola, por incrível que pareça, é um ambiente hostil para o evangelho, principalmente se estivermos falando das públicas. Cedo logo aprendem a serem independentes e buscarem suas próprias fontes de alegria e referência. Estas últimas que, na grande maioria das vezes, também não têm ideia do que estão falando, mas, pelo jeito de falar e sua vida perfeita exposta nas redes sociais, conquistam milhares de adolescentes, pré-adolescentes e crianças também, pois são adultizadas pelo contato precoce com a tecnologia e com o mundo de desenfreada informação que é a internet.

 A faculdade é conhecida por isso. Entram nela inúmeros jovens, cujas opiniões são como nós atados da forma mais frouxa possível, os fazendo crus, e os deixando à mercê de qualquer coisa que for ensinada para eles. Tanto que estão em sua grande maioria envolvidos em movimentos sociais e grande parte não sabe dar um motivo sequer de estar ali que venha de sua própria cabeça e não seja uma repetição de algo que outra pessoa, influenciadora, falou. Se deslumbram com as piores coisas, acham legal cair bêbado, engraçado se envolver sexualmente com todo tipo de gente, nos lugares mais inusitados e contam isso como se fossem conquistas. Não duvido de que para eles realmente sejam, mas, na verdade, a conquista é a aceitação que recebem, e não o que fizeram para consegui-la. Dançam, se "divertem", bebem, praticam todo tipo de imoralidade sexual e muitos não se sentem mal por isso, pois isso os dá uma falsa sensação de liberdade. 



 Também na vida que era pessoal e deixou de ser para virar vida virtual. Vemos jovens carentes que usam as redes sociais para se sentirem amados e acolhidos. Acham que se conseguirem amigos, será extirpada a solidão que sentem no final do dia. Com isso, depositam em pessoas, que são falhas, as suas expectativas e acabam se frustrando o tempo todo. Mas não deixam de tentar, afinal, para que servem redes sociais se não para isso? O mundo agora está globalizado, não é? Se eu quiser, posso ter um amigo do outro lado do mundo e ele vai me fazer sentir completo, porque eu não vou mais estar sozinho. Nem de tradutor eu preciso mais, a internet faz isso para mim. E se eu quiser, posso usar a internet também para aprender outra língua e vai estar tudo certo. E, dessa forma, continuam tentando o preenchimento do vazio com pessoas e muito mais nas redes sociais que pessoalmente. 

 E mesmo nas igrejas vemos esse erro. Jovens que aparecem somente para retiros de carnaval ou para congressos em sítios, jovens que pulam durante o momento animado do louvor, choram durante o momento das músicas lentas, mas não conseguem sequer ficar sentados em seus lugares durante a Palavra. Jovens que se preocupam com fotos e filmagem mais que com a essência do culto, que é de adorar a Deus. Jovens que assistem atentamente à peças de teatro e apresentações de dança, mas quando precisam abrir a Bíblia demoram tanto para achar a passagem que desistem e falam isso rindo, não sentem vergonha alguma. Jovens que dizem sim para qualquer palestra sobre namoro, mas não se interessam e nem se empolgam com um estudo bíblico sobre assuntos importantes e cruciais da fé cristã, como fé. Que atrativo tem falar sobre fé? Aprender sobre fé? Mil vezes o assunto "vida sentimental", estou cansado de ficar sozinho. 

 Lamentável dizer que, o que todos estes tipos de jovens tem em comum, é justamente as acusação que Jesus fez em Apocalipse 2 contra a igreja de Tiatira. Eles tinham amor, eram muito ativos e perseverantes, mas Jesus tinha algo contra eles. A partir do versículo 20, começamos a conhecer  o lado desagradável dessa igreja que fazia tanta coisa, que era tão ativa. Tiatira tolerava Jezabel e, no versículo seguinte, é dito que foi dada a ela chance de se arrepender, mas ela não quis. Ora, Jezabel ensinava e seduzia a praticar imoralidade sexual e idolatria, e nem todos os tipos de jovens citados aqui possuem estas características. Então, o que eles têm em comum com Jezabel? 

  O orgulho.  Jezabel era tão orgulhosa, que, mesmo tendo recebido tempo para que se arrependesse, ela não o quis. Assim como esta geração, que gosta de dizer que vive como se não houvesse amanhã, mas, na verdade, ela vive como se para sempre fosse existir amanhã, como se fossem viver mil anos e nunca tivessem que prestar contas de seus atos um dia. Vivem como se a morte fosse algo perfeitamente controlável e ela estivesse comendo na mão deles. Esse pensamento de que juventude é o momento de curtir é um pensamento cruel para o próprio jovem, pois, um dia, já cansado e sem forças, ele se lamentará. Jesus está voltando. Está próximo do fim! Não é um momento para brincadeiras, não é um momento para pecar já pensando em pedir perdão depois, na verdade, nunca foi. Hoje, mais do que ontem, está próximo. 



 Portanto, não brinque como se Jesus não fosse voltar, como se a morte estivesse ao seu controle, pois não está. Se renda a Jesus, queira viver uma vida intensa ao lado dele todos os dias. Não adie mais viver essa vida que põe no centro o seu Criador. Não adie mais o seu chamado, para viver como quer, amanhã você pode não ter mais tempo. Não seja como Jezabel, que achou que teria todo o tempo do mundo. Se arrependa hoje! Viva hoje uma profunda aliança com Jesus, não como se não houvesse amanhã, ou como se Jesus fosse voltar amanhã, mas como se Ele fosse voltar daqui a um segundo. 

 Não queira precisar de mais tempo e não ter. Não queira ser achado em falta. 

Deus abençoe!

2 comentários:

  1. Que lindo texto, querida. Vi seu nomezinho aqui nos favoritos e lembrei que tinha me dito há algum tempo sobre um post novo.

    Sobre o assunto, acho que os seres humanos tendem a tomar certas atitudes motivados pelo medo...da morte. Vamos todos morrer um dia e as vezes criamos artifícios para que pareçamos mais jovens pois, mesmo que esta juventude criada seja totalmente artificial, ela nos faz esquecer do final dos nossos dias.

    Belo texto!

    Beijos.

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  2. Olhaaaa, acabei de ver seu comentário agora! Muito obrigada. Realmente, a juventude artificial nos faz esquecer do fim dos nossos dias, mas ele ainda continua lá. Obrigada pelo comentário e pelo apoio, querido!!! Pretendo retomar o blog e fazer algumas mudanças (na verdade retomar a ideia antiga que nunca coloquei em prática), se Deus quiser!!
    Mais uma vez muito obrigada!
    Beijos.

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